Exposição “sul-realismo margeado” terá roda de conversa em sua última semana em cartaz

Dia 08/10/2025

Lívia Nunes

Foto: George Magaraia

A exposição “sul-realismo margeado” entra em sua última semana em cartaz na Galeria Gustavo Schnoor, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Para finalizar essa temporada de sucesso, o público é convidado a participar de uma grande roda de conversa com os artistas e curadores na próxima quinta-feira (16/10), às 18h, no próprio espaço expositivo. Vale lembrar que as visitas seguem até a próxima sexta-feira (17/10), das 9h às 19h. O espaço está localizado no prédio do Centro Cultural, ao lado do Restaurante Universitário do Campus Maracanã.

Produzida pela Coordenadoria de Exposições de Artes (Coexpa) do Departamento Cultural (Decult), “sul-realismo margeado” conta com a direção artística do curador negro e a assistência de cecília bedê. Com obras de 20 artistas, a exposição convida o público a refletir sobre uma arte crítica, política e de raízes históricas — ligada não apenas à estética, mas também à ruptura das ideias e interpretações do comum, da cidade, da natureza, do real e do imaginário, como explica Osmar Paulino, que assina o trabalho como curador negro.  

— Essa é uma visita ao movimento surrealista, um movimento bastante vinculado às ideias de Freud, às ideias do inconsciente. É o universo onírico trazido para o campo das artes. A exposição é uma tentativa de fazer uma crítica a esse movimento a partir da contemporaneidade, tendo como ponto de partida as manifestações artísticas de periferias e favelas. A  gente tenta traçar pontos que convergem e pontos que divergem, seja pela perspectiva estética, seja do ponto de vista conceitual  —  explica Paulino. 

A exposição tem como objetivo apresentar mundos possíveis criados pelos artistas. Pensada em três eixos, “sul-realismo margeado” começa com obras que dialogam com “o ser”, no eixo seguinte traça uma relação com “os sonhos” e desemboca na construção do imaginário da “paisagem”, que seria um espaço geográfico onírico. Entre as obras expostas está “Sombra de mim”, uma pintura de óleo sobre tela de Adriana Tere.

— É uma grande felicidade ser sul-realista. Saber que o mundo todo “tá” nos meus ossos e músculos. Basta falar com outros sul-realistas e (re)criar a realidade. A exposição sul-realismo margeado é a criação de um lugar tão grande, tão grande que pode nos receber. Dela, participo com a obra Sombra em Mim, uma ode à Criação que tem força sob toda e qualquer circunstância — relatou Tere.

Também participam da exposição, além de Tere, os artistas Ana V Lopes, Cety Soledad, Daiane Lúcio, Fava da Silva, Gabriel D’Keto, Gabriela Fero, Gravadora Amadora, Ismael David, João Alto, João Teodoro, Madah Sodré, Marlon Amaro, Philipe Fonseca, Renan Valle e Zingara, Robnei Bonifácio, Ruana Carla, Suellen Duduwa e Zé Angel.

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