O Pêndulo de Foucault da UERJ agora é Decult!
Inaugurado em 2014 no Campus Maracanã, com apoio da FAPERJ, o pêndulo da UERJ faz parte de um projeto de instalações nos arredores do campus que serve como diálogo entre a arte e as ciências. Como projeto artístico, o pêndulo está ligado à obras relacionadas ao espaço e aborda o desenho, o gesto e o lugar como experiência poética. Segundo a teoria do físico francês Léon Foucault, o movimento pendular é afetado pela latitude na qual o objeto está inserido.
Criado em 1851 pelo cientista, o chamado Pêndulo de Foucault foi um experimento elaborado para simular a rotação da Terra em relação a seu próprio eixo. Em sua primeira apresentação, realizada em Paris, o projeto consistia em um pêndulo de 30kg foi fixado ao teto por um fio rígido de 67 metros de comprimento, com um orifício que derramava areia de seu interior para marcar a trajetória do pêndulo. A questão central do projeto era mostrar como o pêndulo possuía liberdade de oscilação para qualquer direção, com sua rotação sendo definida pela rotação terrestre.
Na experiência uerjiana, a oscilação é demonstrada sobre um círculo de lápis no piso, onde o movimento derruba os lápis e pode ser visto como um desenho.

Após 11 anos de sua inauguração,a instalação recebe agora um projeto de restauração idealizado por Malu Fatorelli, professora aposentada do Instituto de Artes da Uerj; José Soares Barbosa, professor aposentado do Instituto de Física da Uerj; Alexandre Sá, diretor do Departamento Cultural (Decult) da Uerj; e Thiago Tuxi, professor de Engenharia de Controle e Automação do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet), que atua com seus alunos Alyssa Theophilo e Erik Iemni Fainbaum. O trabalho faz parte da pesquisa “Arquitetura de artista: a construção de poéticas contemporâneas”, cuja proposta é a ocupação criativa e produtiva dos espaços do campus.
De acordo com o diretor do Decult, Alexandre Sá, em 2024, ele e sua equipe identificaram que o pêndulo operava, mas, após certo tempo, parava. Essa constatação motivou o início do processo de restauração. “No momento, o foco da restauração está na parte elétrica. Manter esse projeto funcionando é um desafio, mas, dada sua relevância para a Uerj, nosso objetivo é garantir sua continuidade nesta e nas próximas gestões”, declara.
CRÉDITOS:
Projeto da Professora Malu Fatorelli do Instituto de Artes da UERJ, vencedor do Edital da Faperj para as artes no RJ em 2013, sendo realizado com a colaboração do Instituto de Física e do Instituto de Artes da UERJ. Atualmente também conta com a colaboração do Laboratório de Controle e Automação (LACEA) – CEFET/RJ, do Professor Alessandro Rosa Lopes Zachi, D.Sc e dos técnicos Victor Fernandes Campos e Yuri Nascimento da Silva.